Os governantes eleitos em 5 de outubro enfrentarão ainda maiores dificuldades para aprovação de seus projetos, diante do aumento do fatiamento do Legislativo que os obrigará a uma permanente e desgastante negociação no tradicional "toma lá, dá cá".
O Brasil tem 32 partidos registrados no TRE e 28 deles têm alguma representação na Câmara de Deputados em Brasília. Entraram cinco novos Partidos: Social Democrático) (PSD), Republicano de Ordem Social (PROS), Solidariedade (SD), Trabalhista Nacional (PTN), Ecológico Nacional (PEN). O Senado é mais seletivo (80 senadores de 15 partidos). Tudo isso é o retrato da inexistência de cláusula de barreira, pela qual só seriam aceitos nos Legislativos aqueles que obtivessem um percentual mínimo de votos.
Um exemplo é o Distrito Federal que elegeu 8 Deputados Federais por 8 legendas e 24 Deputados Distritais por 16 legendas. Uma vez que as representações partidárias não se caracterizam por terem noções programáticas bem definidas, os acordos e as tratativas terão de acontecer ao sabor do poder de influência de cada um. Formar uma maioria consistente afigura-se como tarefa hercúlea.
Veja a distribuição dos partidos na Câmara de Deputados Federal em 2014 (1a. coluna à esquerda) e 2011 (2a. coluna), no quadro abaixo. À exceção do PSDB que ganhou um representante, todos os grandes perderam substância em função do surgimento do PSD.
Partido
Deputados 2015
Deputados 2011
Variação
PT
70
88
-20,45%
PMDB
66
79
-16,46%
PSDB
54
53
1,89%
PSD
37
0
--
PP
36
41
-12,20%
PR
34
41
-17,07%
PSB
34
34
0,00%
PTB
25
21
19,05%
DEM
22
43
-48,84%
PRB
21
8
162,50%
PDT
19
28
-32,14%
SD
15
0
--
PSC
12
17
-29,41%
PROS
11
0
--
PC do B
10
15
-33,33%
PPS
10
12
-16,67%
PV
8
15
-46,67%
PSOL
5
3
66,67%
PHS
5
2
150,00%
PTN
4
0
--
PMN
3
4
-25,00%
PRP
3
2
50,00%
PEN
2
0
--
PTC
2
1
--
PSDC
2
0
--
PT do B
1
3
-66,67%
PRTB
1
2
-50,00%
PSL
1
1
0,00%