A agência Estadão noticiou. É o costumeiro mar de lama, agora revelado em uma história que tem começo, meio e fim. A pergunta que não quer calar: era só na Petrobrás?
Ex-diretor da Petrobrás diz que 3% do valor dos contratos ‘eram para atender ao PT’
09.10.2014 | 11:38 OPERAÇÃO LAVA JATO, PAULO ROBERTO COSTA, PETROBRÁS
Em depoimento à Justiça Federal, Paulo Roberto Costa revela que dinheiro dos contratos de produção, gás e energia ‘iam diretamente para o PT’ por meio do tesoureiro João Vaccari
Por Fausto Macedo, Mateus Coutinho e Ricardo Brandt
O ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, afirmou à Justiça Federal que o PT ficava com 3% sobre o valor dos contratos da estatal. “Todos sabiam que tinha um porcentual dos contratos da área de abastecimento. Dos 3%, 2% eram para atender ao PT através da diretoria de Serviços.”
“Outras diretorias como gás e energia e produção também eram PT”, declarou o ex-diretor da Petrobrás. “Então, tinha PT na diretoria de produção, gás e energia e na área de serviços. O comentário que pautava a companhia nesses casos era que 3% iam diretamente para o PT.”
“O que rezava dentro da companhia era que esse valor integral (3%) ia para o PT”, afirmou Costa. Ele acusou diretamente o tesoureiro do PT, João Vaccari, ao ser questionado sobre quem fazia a entrega ou a distribuição da propina ao partido do governo. “Dentro do PT (o contato) do diretor de serviços era com o tesoureiro do PT, sr. João Vaccari, a ligação era diretamente com ele.”