Cresce horror a Trump

maio 17, 2017.

Nesta terceira semana de maio a mídia atingiu níveis de revolta nunca vistos e radicalizou suas apreciações em relação a Donald Trump.

A razão está no comprovado (pelo próprio Trump) repasse pelo próprio presidente americano de informações "classificadas" (reservadas) ao ministro das Relações Exteriores russo Sergei Lavrov e ao embaixador russo nos EUA, Sergey Kislyak, em conversa na Casa Branca. Diante da estupefação geral, Trump declarou que tem o direito absoluto de fazer o que fez. Isto pelo menos não é mentira, embora tenha gerado o comentário do The NYT de que ele esquece que foi eleito para proteger os interesses americanos e não os seus próprios.

Onde quer que se leia ou sintonize um noticiário sobre o tema, o tom agressivo dos comentários é um só, de intenso ódio. O britânico The Guardian em artigo de Opinião de Richard Wolfe perguntou: "como ele pode ter sido tão estúpido?", para logo dizer que "ele é o maior Bozo (conhecido palhaço) de todos os Presidentes", Ou: é o mais impatriótico, o mais bombástico ignorante, o mais absurdo incompetente de todos", para em seguida classificá-lo como "o grande perdedor" da história (o grande vencedor, no conceito geral, é Vladimir Putin).

Na mesma toada, o The New York Times disse que Trump é uma criança que, sem pensar, forneceu informações classificadas só para impressionar suas visitas. Uma pessoa assim não pode ser presidente, é um desafio à segurança nacional, completa o principal jornal do país, que lembra o fato de que "estamos apenas no 4º mês de sua administração". E por ai vai. Em outro texto, dessa vez assinado por Michelle Golberg, dá um conselho no título: "Free advice to Trump aides: quit while you can" (renuncie enquanto pode).

Já na 4a. feira, o mais conhecido de todos os editorialistas do NYT, Thomas Friedman, escreve que "impeachment de Trump é fantasia", ao referir-se ao crescente movimento que advoga, já para o ano que vem, o afastamento puro e simples do presidente. É que, segundo sua interpretação, os republicanos - embora tenham perdido sua bússola moral - nunca votarão o impedimento daquele a quem elegeram, mesmo que tenha sido com algum subterrâneo apoio do Kremlin.

[caption id="attachment_3395" align="alignright" width="300"] Donald Trump, presidente dos Estados Unidos da América (imagem novembro de 2016)[/caption]

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