Segue-se um resumo de análises e dados atuais publicados na mídia global neste começo de julho de 2016.
BBVA Research
Brazil Economic Outlook. First Quarter 2016 (By Unidad de América Latina)
A economia global continuará a crescer, embora mais lentamente e com maiores riscos.
As perspectivas para a economia brasileira continuam a piorar. A crise está ainda longe de acabar.
O nível de atividade deverá contrair-se fortemente de novo e a inflação permanecerá acima da meta desejada em 2016. (12/7/2016)
The Economist – Economist Intelligence Unit (EIU)
Espera-se que em agosto o presidente interino Michel Temer será confirmado como Presidente até o final de 2018, quando o Senado deve votar em definitivo contra a suspensa presidente Dilma Rousseff no processo de seu impeachment.
A maioria congressual para Temer proporciona uma janela para concretizar reformas fiscais, mas as eleições de outubro constituem um fator de complicação.
Assumindo-se que ajustes econômicos suficientes irão se materializar, o aumento da confiança ajudará no alcance de uma recuperação moderada em 2017.
FOCUS ECONOMICS
A economia brasileira permaneceu numa profunda recessão no primeiro quadrimestre em função de altos índices de desemprego e confusões políticas. Entretanto, sinais de melhoria começaram a emergir, sugerindo que a economia pode retornar do fundo do poço.
Uma melhora na balança de pagamentos levou as contas correntes a um superávit recorde pelo segundo mês consecutivo em maio, além de que tanto a confiança dos consumidores e dos negócios cresceu em junho.
Dessa forma, o país receberá um impulso positivo no concerto internacional justamente quando a turbulência política chegar a seu pico. O Brasil irá sediar as Olimpíadas de verão em agosto. Não obstante os desafios na área, os cofres vazios do governo lançam uma sombra sobre o evento.
O Senado votará o impeachment em agosto para o afastamento da presidente Dilma Rousseff. Há necessidade de dois terços dos votos para que a Presidente Dilma Rousseff seja removida do cargo e uma parte dos senadores permanece em dúvida.
Adicionalmente, a Câmara dos Deputados elege um novo presidente após Eduardo Cunha ter renunciado em julho devido ao seu envolvimento no escândalo de corrupção.
DADOS DA ECONOMIA BRASILEIRA (FOCUS Economics) 2011 a 2015
Indicador
2011
2012
2013
2014
2015
População (milhões)
197
199
201
203
204
PIB per capita (US$)
13.237
12.342
12.244
11.915
8.651
PIB per capita (US$ bn)
2.613
2.459
2.461
2.416
1.769
Crescimento econômico (variação PIB em %)
3,9
1,9
3,0
0,1
-3,8
Demanda doméstica (variação anual em %)
4,7
2,1
3,8
-0,9
-6,8
Consumo (variação anual em %)
4,7
3,5
3,5
1,3
-4,0
Investimento (variação anual em %)
6,7
0,8
5,8
-4,5
-14,1
Índice de desemprego
8,0
7,4
7,1
6,8
8,5
Balanço fiscal (% do PIB)
-2,5
-2,3
-3,0
-6,1
-10,4
Dívida pública (% do PIB)
35,1
32,9
31,2
33,7
38,5
Inflação – variação anual em %
6,5
5,8
5,9
6,4
10,7
Reserva de mercado (variação anual em %)
-18,1
7,4
-15,5
-2,9
13,3
Taxa de câmbio (x US$)
1,86
2,05
2,36
2,66
3,96
Conta corrente (% do PIB)
-2,9
-3,0
-3,0
-4,3
-3,3
Balança de pagamentos (bilhões de US$)
29,8
19,4
2,3
-4,0
19,7
Exportações (bilhões de US$)
256
243
242
225
191
Importações (bilhões de US$)
226
223
240
229
173
Reservas internacionais (em US$)
352
373
359
364
356
Dívida externa (% do PIB)
11,4
12,7
12,5
14,6
19,1