Petróleo em queda e Petrobrás em crise

dezembro 09, 2015.

Na 2ª. feira 7/12/2015 a cotação do barril de petróleo no mercado internacional atingiu seu nível mais baixo desde o início da década de 1990. De acordo com o reconhecido site “preciopetroleo.net” o barril do WTI  foi vendido a US$ 37.72 e o BRENT a US$ 39.37, o que representa uma queda respectivamente de 29% e 25% no corrente ano. É o mínimo alcançado nos últimos seis anos e  meio.

Numa análise das razões que explicam este quadro o The New York Times afirma que os grandes perdedores são os países que são produtores secundários dentro da OPEP: Venezuela, Irã, Nigéria, Equador, Brasil e Rússia que, coincidentemente, passam por períodos de turbulência política.  Dentro da OPEP, Irã, Venezuela, Equador e Argélia estão pressionando para que o cartel corte sua produção a fim de impulsionar uma alta nos preços, mas os principais produtores – Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, assim como as monarquias do Golfo – recusam-se a fazê-lo. Em particular os sauditas temem perder espaço para seus competidores (em especial o Irã) e usa seu tremendo poder em termos das reservas que possui para manter os preços lá em baixo.

Enquanto isso, os Estados Unidos dobraram sua produção nos últimos seis anos, período em que Canadá. Iraque e Rússia também aumentaram suas ofertas no mercado global. De toda forma, os especialistas estimam que levará muitos anos para que retornem as cotações em volta dos 100 dólares o barril.

No caso do Brasil, a Petrobrás sofreu recentemente a pior paralização dos últimos vinte anos de seus trabalhadores, o que provocou uma redução da produção de algo entre 273 mil e 500 mil barris diários (a média diária é de 2,1 milhões de barris). Os prejuízos só não foram maiores que os da greve de 32 dias de 1995 que causou enormes filas nos postos de abastecimento de gasolina Brasil afora, provocando até mesmo a ocupação militar das refinarias.

[caption id="attachment_2540" align="alignright" width="300"]Refinaria de petróleo funcionando a todo vapor Refinaria de petróleo funcionando a todo vapor[/caption]

Em meio a uma severa crise econômica, o governo brasileiro tem poucas chances de ajudar sua principal empresa pública e reza para que sauditas, americanos e outros gigantes do mercado mudem de opinião e os preços do petróleo afinal voltem a subir. (VGP)

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