Petrolão e as notícias do dia

novembro 24, 2015.

O megaescândalo que envolve a Petrobrás e o governo brasileiro não está perdoando ninguém. À parte dos torniquetes cada vez mais aplicados pelos gestores da Operação Lava Jato e que cada ve\ mais se aproximam da cúpula política do país, com a continuidade da crise a cada momento surgem novas vítimas desse processo que parece interminável.

No noticiário do dia, informa-se por um lado que a geração térmica de energia, provocada pela redução dos reservatórios das hidrelétricas, está causando um grande prejuizo à Petrobrás que não recebe pela produção de energia de suas térmicas. O prjuizo total para as geradoras oscila entre R$ 10 e R$ 20 bilhões e parte disso - cerca de R$ 1 bilhão, não foi pago à Petrobrás. As geradoras hídricas entraram na justiça para não custear o prejuizo junto à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. O governo, tentando remediar a situação, editou a Medida Provisória 688 que possibilita repactuar as dívidas das empresas devedoras, desde que retirem as ações judiciais relativas ao risco hidrológico, como informa o Estadão.

Por outro lado, as grandes empreiteiras que são alvo da Lava Jato choram as mágoas por não terem conseguido fechar novos contratos ao longo deste ano. Em geral fortemente dependentes do dinheiro público, como é o caso da Mendes Júnior e, em parte, também da Odebrecht e da Camargo Corrêa, entre outras, amargam a perda de reputação e de credibilidade que se traduz na negativa de investidores privados em contratá-las para seus projetos. Na cadeia de produção contabiizam-se centenas de empresas de médio e pequeno porte que entraram em processo de recuperação judicial, amargando mais de 500 demissões neste ano.

Mesmo empresas não envolvidas no ecândalo sofrem com a retração do setor. "Nada aconteceu este ano. Está tudo parado", declarou o presidente da Associação Paulista de Empresários das Obras Públicas de São Paulo, a Apeop, reclamando que o governo federal por não ter dinheiro simplesmente parou de fazer encomendas  e fechou uma torneira que há anos abastecia a grandes e pequenos no instável mercado brasileiro.

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