Os políticos e a Lava Jato

novembro 18, 2015.

Até 16 de novembro de 2015 três foram os políticos efetivamente condenados na teia de investigações promovida pela Operação Lava Jato. Todos já sem mandato e, portanto, sem direito a foro privilegiado. Pagarão penas por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. São eles e ex-deputado pelo PT do Paraná André Vargas. condenado a 14 anos e 4 meses de prisão; o ex-deputado pelo PP de Pernambuco Pedro Correa, com pena de 20 anos e 7 meses; o ex-deputado Luiz Argôlo do PP da Bahia (depois transferiu-se para o SD, também da Bahia), com pena de 11 anos e 11 meses.

As condenações foram determinadas pelo juiz Sérgio Moro da Justiça federal do Paraná. No caso de Argôlo a sentença considerou-o culpado por receber propina de empreiteiras fornecedoras da Petrobrás, cujo destino era a Diretoria de Abastecimento, graças ao seu cardo de deputado federal. Como ele foi eleito, ao final de 2014, suplente de deputado federal, o juiz considerou que deveria desde logo cumprir prisão cautelar porque poderia, eventualmente, vir a assumir o mandato, algo que seria intolerável por submeter a sociedade ao risco de ter um criminoso como parlamentar.

De acordo com o informado neste site - vide nota publicada em 07/03/2015 sob o título "Corrupção na Petrobrás: 50 denunciados ao Supremo Tribunal Federal" -, na ocasião o ministro Teori Savascki efetuou abertura de inquérito atendendo a pedido do Procurador Geral da República Rodrigo Janot que envolveu acusações concretas contra parlamentares de seis partidos políticos - 31 do PP, 8 do PT, 7 do PMDB, 1 do PSDB, 1 do PTB, 1 do SD e um sem partido. Entre os envolvidos, destacadas figuras da política nacional, como o ex-presidente Fernando Collor; os presidentes do Senado e da Câmara Federal, Renan Calheiros e Eduardo Cunha; os ex-ministros Humberto Costa, Antônio Palocci, Gleisi Hoffmann, Edison Lobão, líderes como Romero Jucá, desenhando um triste quadro comprometedor dos mais altos escalões da República.

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