O dia a dia do setor Saúde

outubro 09, 2015.

Neste Brasil tão cheio de problemas e de vida, a área da Saúde ganha destaque ímpar na mídia nacional.

Uma rápida resenha das principais notícias:

  • ao tomar posse o novo Ministro da Saúde, Marcelo Castro, deputado do PMDB pelo Piauí, reafirmou sua intenção de equacionar o problema do financiamento setorial pela recriação do “imposto do cheque”, a CPMF, agora na carona da CPPrev proposta pelo Ministro da Fazenda Joaquim Levy, que passaria a ser cobrada “no débito e no crédito” (por quem paga e por quem recebe), saltando de 0,2% sobre cada movimentação financeira para 0,4%. Tanto a primeira quanto a segunda enfrentam severa oposição tanto de boa parte dos congressistas quanto da população que não deseja pagar mais tributos;
  • a Interfarma, entidade do setor farmacêutico, estima que 1,1 milhão de pessoas ficará sem remédios, alguns deles essenciais, devido ao corte no subsídio governamental ao programa Farmácia Popular previsto para o montante de R$ 578 milhões no orçamento de 2016, conforme anunciado pelo Ministério da Saúde.
  • com a falência da Unimed Paulistana, 744 mil clientes estão em trâmite para realocação em outros Planos de Saúde, com prováveis prejuízos adicionais que podem incluir redução de acesso a serviços clínicos, cirúrgicos e laboratoriais, além de aumento nos valores de seus pagamentos mensais.
  • uma nova organização autodenominada de “Coalizão Saúde” (nome provavelmente inspirado no movimento que apoiou o “Obamacare” nos Estados Unidos), composta por representantes de empresas prestadoras de serviços, de operadoras de planos de saúde, das indústrias farmacêutica e de materiais e equipamentos médicos, presidida pelo Dr. Cláudio Lottenberg do Hospital Israelita Albert Einstein de São Paulo, deseja “contribuir, de forma propositiva e plural (?), para o debate dos novos avanços em saúde, em resposta às demandas da população”.   Trata-se, na prática, de um novo esforço da iniciativa privada para ampliar sua influência sobre o desestruturado e por vezes caótico mercado brasileiro num momento em que o setor público de coordenação do SUS passa por mudanças que ainda mais o debilitam. (VGP)
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