Na economia regional: Brasil fora do tom

setembro 05, 2015.

Uma revisão nos indicadores econômicos latino-americanos mais recentes revela um forte descompasso entre o desenvolvimento de três países em relação aos demais. Nessa ordem, Venezuela, Brasil e Argentina são as notas dissonantes, como se observa na relação a seguir, construída a partir de informações do CESLA (Centro de Estudios Latinoamericanos), da CEPAL e de destaques da mídia continental. Em especial a pequena República Dominicana comemora sua liderança nas estatísticas  referentes ao crescimento do PIB de janeiro a junho do ano corrente, quando superou mesmo as mais otimistas previsões do Fundo Monetário Internacional graças aos êxitos obtidos nos setores de mineração e construção civil.

É realmente difícil compreender em especial a debacle da economia brasileira num momento em que as demais economias vizinhas comportam-se de modo positivo. Sem dúvida, as causas têm forte predominância em fatores ligados a desacertos nas finanças internas, ligados basicamente a desequilíbrios de ordem política e à intensa corrupção reinante no país. Mesmo a Guatemala, corroída pela corrupção em padrões similares (embora, evidentemente, em dimensões muito distintas) aos verificados no Brasil, o ritmo de expansão tem sido favorável.

CRESCIMENTO DO PIB EM DIVERSOS PAÍSES DA AMÉRICA LATINA - 1º SEMESTRE DE 2015 (Dados mais atuais disponíveis)

República Dominicana - 6,5%

Bolívia - 4,7%

Guatemala - 4,1%

Panamá - 4,0%

Peru - 3,9%

Honduras - 3,6%

Paraguai, Nicarágua - 3,3%

Colômbia - 3,1%

Chile - 2,7%

México - 2,6%

Equador - 1,8%

Argentina - 0,3%

Brasil - 1,5% negativos

Venezuela - 6,0% negativos

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