José Dirceu & família atingidos pela Lava Jato

setembro 05, 2015.

[caption id="attachment_2260" align="alignleft" width="300"]Pai e filho na Lava Jato. Benedito e Arthur Lira (Foto montagem: Luiz Macedo e Marcos Oliveira) Pai e filho na Lava Jato. Benedito e Arthur Lira (Foto montagem: Luiz Macedo e Marcos Oliveira)[/caption]

Operação Lava Jato neste início de setembro de 2015: atualizando.

1. O ex-ministro e braço direito do ex-presidente Lula, José Dirceu, está na mira da Procuradoria da República do estado do Paraná, que formalmente o denunciou por crimes de corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro, em função de recebimento de propinas recebidas por sua empresa JD Assessoria e Consultoria (não mais existente) e provenientes de contratos firmados por terceiros com a Petrobrás. Tratavam-se de  "serviços disfarçados", ou seja, não efetivamente prestados, falsas consultorias. Na mesma peça foram denunciados a irmã de Zé Dirceu, Camila Ramos de Oliveira e Silva, e o irmão Luiz Eduardo de Oliveira e Silva que era sócio na empresa consultora. Adicionalmente outros 16 investigados foram denunciados pela PJ, num processo que inclui João Vaccri Neto, ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto; Gerson Almada, executivo da firma Engevix; REnato Duque, ex-diretor da Petrobrás; Fernando Moura e Milton Paskowitch, que intermediavam favores e vantagens como lobistas.

2.  O Supremo Tribunal Federal - STF - prorrogou as investigações da Lava Jato referentes ao presidente do Senado Federal Renan Calheiros do PMDB-AL; a outros quatro senadores (Valdir Raupp do PMDB-RO, Humberto Costa do PT-PE, Edison Lobão (PMDB=MA); aos deputados federais Simão Sessim do PR-RJ, Aníbal Gomes do PMDB-CE, José Mentor do PT-SP, Eduardo da Fonte do PP-PE, além dos ex-deputados Roberto Teixeira do PP-PE e João Pizzolatti do PP-SC.

3. O deputado Arthur Lira do PP-AL, diretamente ligado ao presidente da Casa Eduardo Cunha e seu pai, o senador Benedito Lira do PP-AL mereceram denúncias em inquérito por lavagem de dinheiro e corrupção ativa, por parte da Procuradoria-Geral da República. O procurador Rodrigo Janot, em sua peça acusatória, afirma que os dois "auferiram vantagens indevidas de praticamente todas as formas" no esquema que fraudou a estatal.

4. Hoje, o STF e o Superior Tribunal de Justiça, STJ, estão investigando 59 pessoas  por envolvimento com o desvio de recursos da grande estatal brasileira. A quantidade e importância dos acusados e o impressionante volume de recursos desviado cada vez mais compromete o governo federal, contribuindo para gerar uma intensa crise que gradativamente ameaça o mandato da Presidente da República e desarticula os fundamentos da economia brasileira.

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