2ª. feira negra nas Bolsas e nova queda do petróleo

agosto 24, 2015.

[caption id="attachment_2239" align="alignright" width="200"] O dragão chinês assusta os mercados no mundo inteiro O dragão chinês assusta os mercados no mundo inteiro[/caption]

De acordo com o noticiário internacional este 24 de agosto de 2015 (dia da morte de Getúlio há 61 snos), já denominado de 2ª. Feira Negra para as Bolsas de Valores de todo o mundo, entrará na história como um dos momentos mais críticos do mercado global de capitais.

Em consequência o barril do petróleo Brent despencou para valores inferiores a US$ 45, o mais baixo desde março de 2009, causando de imediato milhares de demissões em diversas petroleiras e a interrupção de projetos multimilionários, com inevitáveis reflexos sobre a já debilitada estatal brasileira Petrobrás.

A Bolsa de Xangai caiu 8,49%, um pesadelo para investidores de renda variável no mercado chinês, acompanhando a maior desvalorização (antes sistematicamente negada pelas autoridades de Pequim) da sua moeda ao longo dos últimos vinte anos. De acordo com o El País o contágio foi geral também na Europa e a América Latina. O Ibex 35, da Espanha, recuava mais de 7% a duas horas do fechamento. Em Paris, a queda é inclusive superior: mais de 7%. Já em Frankfurt, os números vermelhos ficaram em torno de 6%.

No Brasil, o Ibovespa, o principal indicador da Bolsa de São Paulo, chegou a recuar 6,51%, mas o ritmo de queda diminuía no início da tarde. As preocupações com o futuro da China fizeram as ações negociadas na Bolsa de São Paulo desabarem, com destaque para as da Petrobras que perderam cerca de 8% tanto nas preferenciais quanto nas ordinárias. As ações da Vale também tiveram uma forte desvalorização de 10%.

“O nervosismo dos investidores é alimentado pela preocupação com a economia chinesa, a segunda do mundo, e pelo temor de que a desaceleração possa ser mais profunda que o previsto”. Ainda segundo o diário espanhol, “a freada do gigante asiático, maior comprador do Brasil, e a própria mudança de rumo no modelo da economia chinesa, que aposta agora no consumo interno, já se reflete na balança comercial brasileira deste ano. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior, de janeiro a junho deste ano, as exportações para a China registraram uma queda de 22,6% em receita, quando comparado com o mesmo período do ano passado. Ao todo, a China comprou 18,4 bilhões de dólares no período, equivalente a 19,6% do total das vendas ao exterior do Brasil, mantendo-se como o maior comprador do país”.

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