Regime de Bashar al-Assad aproxima-se do fim?

agosto 12, 2015.

A cada dia mais enfraquecido o regime pró-alawita de Bashar al-Assad resiste com base em seus potentes apoiadores: a Rússia de Putin que bloqueia todas as decisões contrárias à Síria no Conselho de Segurança da ONU; os regimes xiitas do Irã, Iraque e do movimento libanês Hezbollah, e a China. Tendo de enfrentar o Exército Islâmico e as numerosas e fortalecidas forças opositoras, às vésperas de completar 50 anos (em 11 de setembro), Assad perde substância e se isola em Damasco.

Esta semana uma reunião em Moscou entre os ministros de relações exteriores da Rússia e da Arábia Saudita (país que lidera a coalisão anti-Assad) não teve sucesso ao discutir o destino do ditador sírio. Adel al-Jubair, o chanceler saudita reiterou diretamente ao russo Sergei Lavrov a posição de que “Assad é parte do problema e não da solução da crise síria. Não há lugar para ele no futuro da Síria”.

Nesta 2ª. feira, 10 de agosto de 2015, horas antes da chegada a Damasco do 1º ministro iraniano Joval Zarif, violentos bombardeios dos rebeldes mataram 60 pessoas, em plena vigência do cessar-fogo recém mediado pela Turquia e pelo Irã.

Segundo o Observatório britânico para os Direitos Humanos desde o início do conflito em março de 2011, o número de vítimas é de 240.381 pessoas. Dessas, 17,5% são rebeldes; 37% pertencem às Forças Armadas sírias; 14,5% são soldados e militantes estrangeiros leais a Assad; além dos civis que representam 31% do total e incluem 11.964 crianças.

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