Zika Vírus: a nova ameaça

julho 05, 2015.

A Nota a seguir, encaminhado pelo Dr. Pedro Tauil, especialista na matéria e membro do Observatório da Saúde do DF, mostra um quadro preocupante de ampliação da área de ataque no Brasil pelo Zika Vírus, com casos confirmados na capital da Paraíba. Anteriormente haviam sido identificados oito casos na Bahia e oito no Rio Grande do Norte.

[caption id="attachment_2116" align="alignleft" width="300"][Aedes aegypti. ve[iculo de transmissão para febre amarela, dengue, chikungunya e zica vírus](images/aedes-aegypti-300x167.jpg) Aedes aegypti. ve[iculo de transmissão para febre amarela, dengue, chikungunya e zica vírus[/caption]

" A Gerência de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) divulgou nesta quarta-feira (01/7/2015) que foram confirmados 11 casos do zika vírus em João Pessoa, mas nenhum deles resultou em morte ou complicações para o paciente. Do total de casos confirmados, 6 foram em mulheres e 5 em homens com idades de 22 até 65 anos. Os pacientes apresentaram os principais sinais e sintomas da doença, que são dores articulares, dores musculares, fraqueza, coceira, dor de cabeça e dor nos olhos. Nenhum dos pacientes apresentou temperatura acima de 37,7º. No final do mês de abril [2015], a Vigilância Epidemiológica iniciou uma investigação, em parceria com técnicos do Ministério da Saúde e Secretaria Estadual de Saúde, sobre casos suspeitos de uma doença com manchas avermelhadas pelo corpo, até então não identificada, e que não se encaixavam nas definições padronizadas de dengue, sarampo e rubéola.

As amostras das coletas dos usuários foram inicialmente testadas no Laboratório Central de Saúde Pública do Estado da Paraíba (Lacen-PB) para dengue, sarampo, rubéola e parvovírus B19 e encaminhadas para o Instituto Evandro Chagas (IEC), laboratório de referência nacional para testes de chikungunya e zika vírus. Dessa forma, 11 casos foram confirmados como zika vírus e, até o momento, nenhum caso de chikungunya."

Zika vírus O zika vírus foi isolado pela primeira vez em 1947 a partir de amostras em macacos Rhesus na floresta Zika, em Uganda. Ele é endêmico no leste e oeste africanos e, no continente americano, foi identificado na Ilha de Páscoa, território chileno, no início de 2014, segundo o ministério. É uma doença viral que passa sozinha, em geral, após até sete dias e a transmissão se dá por meio da picada do mosquito Aedes Aegypti com um período de incubação de cerca de quatro dias. O tratamento é baseado no uso de paracetamol para febre e dor. Não há registros de óbitos causados pela doença. Também não há vacinas contra ela. As medidas de prevenção são semelhantes às da dengue e da chikungunya.

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