Novo ataque jihadista na Tunísia

junho 26, 2015.

Nesta 6a. feira, 26 de junho de 2015, um homem disfarçado em uniforme militar entrou pelos fundos do majestoso Hotel Imperial Marhaba, um resort na cidade de Sousse, 143 km. ao sul da capital Tunes, sacou a metralhadora Kalashnikov e abriu fogo matando pelo menos 27 pessoas, entre as quais muitos turistas.  Quando os milhares de banhistas às margens do Mediterrâneo se deram conta de que não se tratava de fogos de artifício, começou a debandada. Um funcionário entrevistado pela TV Sky News perguntava, atarantado: "Temos 200 outros hóspedes na recepção do hotel. Reina uma calmaria mortal. Devem partir ou esperar?"

[caption id="attachment_2088" align="alignright" width="300"]Frente do Hotel Imperial Marhaba em Sousse, Tunísia, foco do ataque jihadista  Frente do Hotel Imperial Marhaba em Sousse, Tunísia, foco do ataque jihadista[/caption]

O turismo tunisiano, responsável por 7% do PIB, sofre uma retração de 1/3 de seu movimento desde o atentado do museu Bardo em março último. Após a primavera tunisiana de setembro de 2011, o país entrou em um período de lutas políticas e passou a enfrentar ataques da Al Qaeda, cujos militantes se concentraram nos montes Chaambi, a oeste, na fronteira com a Argélia, onde nos últimos dois anos dezenas de soldados foram assassinados em emboscadas terroristas. O homem responsável pelo ataque ao Marhaba, um estudante universitário, foi morto.

Sousse é a capital do Sahel tunisiano, a "Pérola do Sahel", uma faixa de 140 km de extensão com infindáveis olivais que cruza o país desde Port Kantaoui no Golfo mediterrâneo de Hammamet até a pequena cidade de Chebba ao norte, onde persistem desde o século VIII as ruínas do império bizantino.

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