Cada vez mais refugiados

junho 22, 2015.

Na última semana, sem motivos para comemoração, no Dia Mundial dos Refugiados (20 de junho), a ONG Human Rights e a UNHCR - Agência das Nações Unidas para os Refugiados - informaram que o número total de pessoas nessa condição já é de 59,5 milhões, contra 51,2 milhões há um ano atrás e 32,5 milhões dez anos anos antes. Distribuídos pelo mundo, em países distintos daqueles onde nasceram, contam-se 19,5 milhões de pessoas - cerca de 70% mulheres e crianças - 64% dos quais abrigados em campos da UNHCR e 26% catalogados como refugiados palestinos. Os demais foram forçadamente deslocados de seus lares para campos de proteção ou para qualquer lugar dentro do mesmo país de origem.

[caption id="attachment_2066" align="alignleft" width="300"]No último ano 60 mil fugitivos do conflito na República Centro Africana encontraram "abrigo" entre carcaças de aviões dilapidados no Aeroporto Internacional de Bangui, a capital do país (foto de Petrr Biro/IRC/Al Jazeera) No último ano 60 mil fugitivos do conflito na República Centro Africana encontraram "abrigo" entre carcaças de aviões dilapidados no Aeroporto Internacional de Bangui, a capital do país (foto de Petrr Biro/IRC/Al Jazeera)[/caption]

A Turquia substituiu o Afeganistão como o país que recebe a maior quantidade de "displaced people" em função da sua porosa fronteira com a Síria e da guerra que prossegue ai e no Iraque. Atualmente estima-se que um de cada quatro refugiados é sírio, mas várias outras nações contribuem ativamente para essa tragédia humanitária, com destaque para o Sudão do Sul, Afeganistão, Mali, Iêmen, República Centro Africana -RCA, República Democrática do Congo - RDC - e, na América Latina a Colômbia onde as guerrilhas das FARC e do ELN acabam de completar cinquenta anos de existência. Guerras, os conflitos e perseguições de todo tipo (étnicas, raciais, religiosas, etc.) são as três principais causas desse êxodo maciço.

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